3/16/2007

MEMORANDO OS FAZEDORES ANCESTRAIS

É com muita honra que anunciamos o livro Memória da Imprensa Estudantil Universitária. Fruto do trabalho do Núcleo de Investigação Histórica, esta é a primeira edição não periódica com a chancela de Os Fazedores de Letras.

12/11/2006

FAZEDORES REPRESENTAM

Aos fãs do hipópe, isto é: hipopótamos, informamos que o capicuado nº66 vem quentinho do prelo e inclui uma entrevista ao émeci que melhor representa a fala tuga, Sam the Kid.



Saibam todos os samitas que se podem barricar na nossa redacção sempre que queiram.

Respeito, y'all.

11/27/2006

PLUMA CAPRICHOSA

Mário Cesariny como que dorme sob as suas pálpebras defuntas.

Agradecemos por visitar as nossas folhas e repassar a sua pluma caprichosa pelas laudas dOS FAZEDORES. Sobretudo o dar às Letras, não um surrealismo português, mas o Surreal, portuguesmente.

Dedicamos o iminente nº66 à sua memória e perservá-la-emos por tempo indefinido nas páginas de literatura estudantil que outrora se chamou AVESTRUZES, tomando o nome que o próprio Mário Cesariny nos inspirou.

Desejamos ao poeta um sono tão mudo quanto repousado.

10/13/2006


RESULTADOS ELEITORAIS DO NOBEL EM LETRAS

Ferit Orhan Pamuk, romancista turco, foi distinto hoje mesmo com o Prémio Nobel da Literatura, gorando assim as espectativas do lírico assírio Adunis (id est, Ali Ahmad Said).

O autor tomou a atenção do fórum mundial ao ser o epicentro dum processo jurídico que quase resultara na sua expatriação, após controversamente inserir um capítulo obscuro e obscurecido nos anais da História. Nos entrementes da entrada da Turquia na União Europeia, Pamuk relembrou a humanidade duma branca internacionalmente esquecida: o massacre de 300 milhares de curdos e o holocausto de 1 milhão de arménios durante a Primeira Guerra Mundial por tropas suas conterrâneas, Império Otomano fora.

Fê-lo no romance de nome Kar (traduzido, "Neve"), levantando a ira de toda a Turquia amnésica quanto ao genocídio e traumatizada no seu patriotismo. Só após as ameaças do alto designitário europeu Olli Rehn em não abrir o círculo da união a um Estado intolerante à livre-expressão é que a tribuna de Istanbul deu cabo à sanção. Todavia, remanesce o sentimento consentido de que mais que a paga duma nação ao mundo por um crime oculto tudo se tratou, em vez, da paga do mundo ao resgate de quem desvelou o criminoso.

Onde se acham as Letras nesta contenda?

Penso lógico julgar que de há uma década para cá o Prémio Nobel se desquitou de qualquer pretensão apolítica e neutral e que, ainda que os seus parâmetros de avaliação—aparentemente baseados na filantropia e devoção piedosa—sejam nobres, qualquer tentativa de reconhecer um trabalho em vida de valor e glória estão comprometidos com o premiar do galardão de Nobel.

E Orhan Panuk talvez fosse digno. Agora não mais o saberemos.

9/18/2006

PRODUTO EM EXPANSÃO

OS FAZEDORES DE LETRAS são como heras que era em era persistem sobre o vertical do jornalismo académico. Cobrem tudo o que seja fachada na Universidade de Lisboa e ascendem até onde haja cimo.

Estamos nos durantes dum Reforma Editorial que trará ATITUDE à nossa folha. Espera-se uma publicação limpa de cinzento em todo o sentido.

Quanto aos blogueiros e bloguistas, terão, em breve, notícias de destaque que concernem tudo quanto seja Faculdade de Letras, cortesia da Associação de Estudantes da mesma e, claro, dos proto-jornalistas da nossa redacção, plenos de paixão por um milagre académico de 24 págs.

Até lá, gozem a chegada de Bolonha à Alameda e nada de comentários anti-islâmicos com sotaque bávaro citados de imperadores bizantinos e mortos.

9/07/2006

PARA O REGALO DOS QUINTEIROS

Convido aos peregrinos do Drama que visitarem a encenação sem tecto de Hamlet na Quinta da Regaleira a visitar o seu interior desta.

Lá, projectos vários do arquitecto e cenógrafo transalpino Luigi Manini estão expostos perante olhos turistas ou interessados. Estes representam um diário pictográfico das confissões dum génio migrado tentando satisfazer o palato ocultista dum multimilionário português (oxímoro).

Aconselha-se calçado confortável e flashes japoneses.

7/17/2006

TEATRO DE COLARINHO AZUL
Esta noite, na Teatroesfera, em pleno Monte Abraão, culmina o 4º Festival Internacional de Café-Teatro da Cidade de Queluz: o FINCA-TE!. Nele, artistas nacionais juntos com vedetas vindas de França, Espanha, Reino Unido, Itália e Moçambique têm adocicado os palatos cafeinados dos espectantes.
A sala de espectáculos situa-se algures entre a linha de comboios local, o McDonald's do sítio e o clube desportivo das redondezas. Pratica preçários que competem com bilhetes de cinema de Colombos e Vascos das Gamas. Sustenta sobre o palco uma média de três peças por ano, recitais de poesia, festivais (como o anunciado) e oficinas de expressão dramática várias. Que mais? Vende.
O facto de um teatro sito num país que eu chamo Subúrbia sobreviver quatro anos de cadeiras forradas de interessados e holofotes luzindo sobre bom talento é, em si, um punho calejado com anel e relógio na beiça do Ministério da Cultura, dos institutos para as artes e de todas as gravatas que vêem na Arte apenas algo que condiga com o tapete do hall.
Obrigado, Teatrosfera, por levarem o meu colarinho azul e o de tantas demais almas subsalariadas a outro Drama que o nosso.
NUNO DISSE